Aqui há cerca de 3 semanas estive a dar um seminário sobre Liderança de Equipas a cerca de 180 quadros e empresários do sector da pecuária.
Foi no âmbito da parceria entre a Universidade Católica e a Intervet, sendo uma iniciativa de inscrição aberta aos profissionais da área.
A primeira surpresa que tive foi a adesão à iniciativa: em plena crise, 180 profissionais da pecuária em Portugal prescindiram do seu tempo num fim de semana para aprenderem sobre Liderança de Equipas!
O que significa isto?
- Que este sector de actividade tem profissionais que já perceberam que o seu negócio passa pelas pessoas (apesar de ser aparentemente um negócio de animais 😉 !!!) – e esta clarividência é de saudar!
- Que neste sector há a consciência clara que a crise não é desculpa para abandonar o investimento na formação e aprendizagem! Antes pelo contrário: é pretexto para reforçar esse investimento, uma vez que a competitividade sustentável passa pela capacidade de gerar inovação (permanente) e relação com os stakeholders (e isso depende de pessoas qualificadas e motivadas);
A segunda grande surpresa que tive foi com o nível de qualidade dos profissionais que encontrei:
- ao contrário da ideia feita que poderá ainda prevalecer, a pecuária em Portugal é um sector de actividade moderno e sofisticado, com elevado nível de exigência profissional, onde trabalham pessoas com elevados níveis de qualificação;
- ao contrário do que se poderia pensar, os profissionais da área estão menos preocupados com potenciais subsídios do Estado e mais focados em como ser competitivos e em como criar valor!
E estas surpresas são um estímulo para quem, como eu, teima em acreditar no potencial deste país 🙂
Crise? Depende em grande parte de nós ver nela uma inevitabilidade ou um obstáculo a superar…
O que estão a fazer neste momento? A queixar-se ou a agir?
Abraços e votos de boa reflexão 🙂