Surge este post da leitura de um breve mas inspirador artigo de opinião do Carlos Coelho no ionline, intitulado “Acordar as marcas de Portugal“.
O artigo é um apelo a que todos nós deixemos de olhar o país de forma negativa, criando assim as pré-condições essenciais para fazer da marca Portugal uma marca apelativa e percepcionada como de elevado valor acrescentado.
Além de ser um apelo cheio de bom-senso, muito apropriado aos momentos que vivemos, a verdade é que o Carlos nos relembra que em grande parte o fraco valor deste país deriva da falta de atenção (nem reparamos nas coisas boas que temos) ou da falta de criatividade (não gastamos um minuto a pensar como tirar mais valor daquilo que temos para oferecer) ou ainda da falta de empreendedorismo (temos um medo do risco que nos pelamos e não trocamos o certo – mesmo que medíocre – pelo incerto – mesmo que com grande potencial!!!).
A lição assim torna-se simples e poderosamente clara:
- temos de caminhar de olhos abertos, atentos às oportunidades;
- temos de ter a mente aberta a novas ideias e formas de fazer as coisas, atrevendo-nos a “pensar fora do quadrado“;
- temos de ter a coragem de arriscar e desbravar novos caminhos, com um mindset de empresário e não de funcionário.
Obrigado Carlos, por nos recordares isto 🙂
Todavia, há uma outra dimensão que vale a pena ter em conta: no artigo do Carlos Coelho, podemos ler alguns comentários, do qual destaco um particularmente azedo, que, redigido de forma ofensiva e malcriada, deita abaixo o artigo de forma perfeitamente negativista e ausente de argumentação!
Este comentário reflecte, na minha opinião, um cancro que nos consome enquanto povo e enquanto nação: o negativismo!
E o que é o negativismo?
- É o nosso pior lado, traduzido na propensão para a crítica gratuita e infundada, apenas porque é mais fácil dizer mal do que pensar nos assuntos e debatê-los com elevação e informação;
- É a expressão da mediocridade vigente, que nos faz dizer mal dos alvos fáceis (políticos, empresários, polícias e genericamente toda a gente que ganha mais do que nós, tem mais estatuto do que nós ou tem alguma espécie de mérito!);
- É a expressão da inveja e da pequenez intelectual, resultado de um país de “pobrezinhos mas honrados”, directos herdeiros de 50 anos de ignorância, iliteracia e ditadura!
É certo que a herança cultural é pesada (cf. o meu artigo “A Pesada Herança de Roma“), mas isso não é desculpa para teimarmos nesta atitude!
A todos os que partilham esta atitude recomendo: façam o favor de trabalhar e fazer pela vida! Façam o favor de gastar menos energia a dizer mal e comecem a procurar ter algum tipo de mérito!
Experimentem abrir uma empresa e assumir a responsabilidade de criar emprego e pagar salários: vão ver que deixam de ter tempo para gerar tanto fel e passam a ter uma vida mais útil e positiva!
Sugiro aos negativistas pululantes que espreitem este post sobre o José Mourinho: isto ilustra bem como deveríamos aspirar a ser, em vez de dizer mal do homem 🙂 !!!
Votos de boa reflexão!