Eis um post expresso, graças a um fantástico mind snack proporcionado pelo já nosso conhecido Desidério Murcho no blog De Rerum Natura, a propósito dos chamados “Argumentos de autoridade”!
Um argumento de autoridade é um argumento baseado na opinião de um especialista.
Para serem bons, os argumentos de autoridade têm de cumprir 4 regras:
- O especialista (a autoridade) invocado tem de ser um bom especialista da matéria em causa;
- Os especialistas da matéria em causa não podem discordar significativamente entre si quanto à afirmação em causa;
- Só podemos aceitar a conclusão de um argumento de autoridade se não existirem outros argumentos mais fortes ou de força igual a favor da conclusão contrária;
- Os especialistas da matéria em causa, no seu todo, não podem ter fortes interesses pessoais na afirmação em causa.
Este post desenvolve detalhadamente o tema, e levou-me curiosamente a reflectir como, em muitas organizações, os argumentos de autoridade são mal usados, confundindo autoridade de conhecimento com autoridade hierárquica.
Na verdade, muitas vezes os debates sobre um qualquer tema na organização acabam por ser atalhados através da invocação da opinião de um “especialista” infalível: o chefe! Este estratagema, que permite aparentemente poupar tempo em discussões, acaba por ser um verdadeiro “cancro” para a inovação e para o brotar de talento nas organizações.
Este tema acabou por ser por mim abordado lateralmente noutros posts, como por exemplo:
Termino o post com uma referência de Desidério Murcho, que nos faz reflectir:
“Finalmente, note-se que nenhum argumento é verdadeiro ou falso (…) Os argumentos são válidos ou inválidos, além de poderem ser interessantes ou não, mas não podem ser verdadeiros nem falsos. (…) Quem não compreende isto, não sabe o que é um argumento.”
Interessante, não? Quantos gestores temos nas nossas organizações que se calhar são assim?
Votos de boa reflexão 😉 Já agora, não percam os comentários ao post do Desidério: são uma verdadeira delícia 🙂 Enjoy it!
Este post fez-me lembrar o livro “Who Really Matters: The Core Group Theory of Power, Privilege and Success” de Art Kleiner (escrevi um resumo em http://kmol.online.pt/livros/2004/02/01/who-really-matters). Vale a pena ler o livro!
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Ana,
Excelente post! Adorei lê-lo e vou tratar de lhe dar o merecido destaque no Mentes Brilhantes.
Obrigado pelo contributo! 🙂
Abraços,
Ricardo
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